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6.7.11

Afetos Secretos

Dos teus amigos, quantos escutam tuas histórias, tuas pequenas conquistas eventuais? quase nenhum, as pessoas continuam precisando tanto de atenção que se esquecem de se doar um pouco. Restam poucos os que compartilham momentos contigo, gosto de contar minhas histórias, por isso criei um blog, na maioria das vezes sou a amiga ouvinte, a voz da razão, sincera e rigorosa. Dia desses esqueci de contar algo a um amigo, que para ele era importante, mas para mim, só me tornaria uma dedo-duro, mas simplesmente esqueci, fui tomada por pequenas emoções de acontecimentos simples que balançaram minhas firmes estruturas, sai da rotina e esqueci. Quando lembrei já era tão passada a notícia que ele revoltou-se comigo, pela minha negligência... juro, pedi perdão e lágrimas pesadas cairam no edredon, não fui negligente, só vivi a minha vida, que dela a metade ele não sabe, diz que tem ciúmes, que não gosta de saber dos meus afetos, dos meus amores casuais. Mas dele sei tudo, ou quase tudo, compartilho a vida com ele como se fosse minha também, das vitórias, das desilusões, das bobagens e até dos casos mais sérios. Daí fiquei pensando sobre os afetos secretos, quantas pessoas gostam realmente da gente, mesmo que a gente não saiba? Mesmo que seja por motivos frívolos, mesmo que seja pelo estilo de vida, quantas pessoas secretamente sonham contigo? Será que somos importantes para alguém ou apenas figurantes no cenário das carências, da falta de afeto, de sinceridade, de amor e compaixão. Será que somos verdadeiros de fato, que a nossa vida e alma valem a pena? Me perguntei inúmeras vezes sobre essas questões, e sinceramente tenho medo das respostas, tenho receio de ser como a árvore dos teatros infantis, existem pra ocupar lugar e porque não lhe restou nenhum outro papel no roteiro, virou árvore, e estas, não tem afetos, nem expostos, nem secretos.

23.5.11

Amor Pós-Moderno

Abri meu e-mails e lá havia uma mensagem dizendo que romantismo ainda existe, e em anexo o vídeo abaixo linkado:

http://www.youtube.com/watch?v=4BPQCNl6eTs


Chegamos a este ponto, não conhecemos nossos vizinhos, nem nossos amigos de verdade, mas desenvolvemos uma rede social cibernética onde somos aquilo que temos coragem de ser, e de repente alguém do outro lado do planeta acredita na pessoa que és, porque ali, ou melhor, aqui, do outro lado da tela brilhante, com uma caixinha de texto e uma foto é possível a revelação mais sincera do ser humano, isto porque não conseguimos ser a verdade sobre nós diante da realidade aparente.


O vídeo é ótimo, quase chorei! pela sinceridade, pela originalidade, pela TPM e por tudo mais que os vestígios românticos provocam nas mulheres, mesmo nas mais brutais.

15.5.11

Varal das Emoções





Sem palavras é como estou hoje, me sinto como em um salto no vácuo, me sinto suspensa pela falta de gravidade, uma astronauta das ilusões, talvez isso me defina melhor neste dia pós noitada. Flutuando em meios aos risos, sorrisos, sentimentos tolos, e não consigo parar de pensar que estou aterrisando em um planeta desconhecido, ou melhor, esquecido, há muito tempo deixei de lado sentimentos que pudessem me deixar fora do foco, sem prumo, é até difícil escrever, mas lá vai, acho que estou me apaixonando, não, não pode ser, nunca mais vou repetir isso, sou o tipo de pessoa disciplinada, rigorosa e quase fria, seria insanidade colocar-me no patamar dos apaixonados. E eu acho que isso acontece que nem onda de rádio AM, em baixa frequência, ou como quando introduziram a necessidade de comer pipoca no cinema, uma voz quase inconsciente emanava este sentimento como se fosse a voz da consciência te impulsionando a consumir. Mas o que eu quero mesmo dizer é que quando a gente sente alguma coisa por alguém, parece que todo mundo resolve te observar, te querer, te decifrar, e por que não dizer, te desejar, e ao contrário também acontece, ou seja, parece que não existe apenas uma opção, não apaixona-se por uma pessoa apenas, mas por várias ao mesmo tempo. Cada ser tem um conjunto que preenche tranquilamente aquela listinha que começa por astúcia, diversão e libido, passa por timidez, poesia e pele alva. E por todos sinto ciúmes, transtorno e alição, quero o sorriso e dança só para mim, não quero dividir com mais ninguém as atenções dos meus amores, se fosse possível, juntaria todos e formaria um. É, vou inventar um amor, destes que a gente empresta de Platão, e não toca, não inala, não fere nem te faz chorar. Já chorei tanto, ah é, um dia eu fui assim, dessas tolas que acreditam em bons sentimentos, em fidelidade e simplicidade, mas o tempo ensina muitas coisas, inclusive a desviar-se de paixões, e então a gente cria uma capa invisível e ninguém te vê. Vou colocar as emoções no varal, abriu sol!

16.3.11

Quebra de Ciclo

e não viestes, e é como se não tivesse acontecido o carnaval, ainda espero pelo teu sorriso de dentes pequenos, sincero e sonhador. não necessariamente que haja amor ou algo parecido, mas é o rito de passagem para o resto do ano, é meu passe de liberdade para cirandar até o próximo verão. mas é o inverno que dá sinal com seus ares gélidos que adentram a janela do meu quarto, ventos do oeste, e o sol já se pôs, ficou apenas um corpo sobre o altar dos sacrifícios, benefício do desperdício, do vício, da luxúria insana não aquietada na feira da carne e que agora, em tempos de paz, traz o caos a mente humana no abismo dos sentidos vitais. quebrou-se o ciclo, não se cumpriu o ritual, pobre alma desamparada.

23.2.11

Confete e serpentina

Falta uma semana para o carnaval e meu coração aos pulos, feito confete e serpentina, se pergunta se vens, se voltas, enfim, se vamos completar o ritual, porque apesar dos pesares (e como temos pesares...), é assim que meu corpo e alma se refazem na festa profana, e para todo o resto do ano, amém.

24.8.10

Felizes Romances

Estive pensando sobre os romances, na verdade assisti novamente "O Sorriso de Monalisa", que fantástico o diálogo que existe entre o ortodoxo e a contemporaneidade, hoje até podemos dizer que é entre a pós-modernidade que os modelos tradicionais mantem um forte atrito, principalmente no comportamento feminino, e aí ficam as dúvidas e os pré-conceitos que adquirimos quando tentamos nos libertar de outros conceitos.
Ironicamente me senti na personagem de Julia Roberts, acho que sou assim mesmo, bem preconceituosa, tenho uma certa desdenha para com ritos de passagem, como o casamento, como namoros meio morninhos que a gente vê se arrastando anos a fio, os considero previsíveis e entediantes.
Porém, isso me levou a pensar sobre o que eu teria, e me dei conta de que tenho sempre por aí felizes romances que acontecem enquanto não faço as malas e parto em outra direção, percebi que por mais belo que pareça o quadro clichê, por mais tentador que possa ser um romance, este não é muito o meu estilo, ainda prefiro os caminhos silenciosos das teorias infundadas, dos atos insalváveis, mas em todo caso, um destino que eu consigo traçar sem limitá-los aos caprichos de um outro alguém que supostamente teria arrebatado meu coraçãozinho.
E me alegra lembrar das pessoas maravilhosas que encontrei neste caminho de aventuras de romances felizes sem finais, simples e sem lágrimas.

22.7.10

Afetos Diversos

São tantos os afetos que condicionam o comportamento das pessoas que é difícil, e pode-se dizer até que complicado interagir com alguém que nos afeta de forma visceral. Quantas vezes nos preocupamos com uma pessoa querida, e no entanto, não sabemos se um telefonema ou um e-mail será em boa hora, se a criatura te receberá bem ou mal. É difícl compreender o escudo da alma, porque sinceramente, não acredito que a alma seja bruta, mas sim as aparências da alma, aquilo que usamos como proteção é que impede que outros se aproximem de nós, do nosso íntimo, da nossa natureza sensível.
E são diversos os afetos que nos movem, que nos motivam em direção ao outro, amizade, fraternidade, amor, paixão ou entusiasmo. E como saber sobre os sentimentos reais, profundos e sinceros de alguém para si, já que evitamos a verdade, pois não sabemos se ela é ou não é a nossa estrada principal. Então evitamos pessoas que nos querem bem, que nos dizem abertamente que desejam viver ao nosso lado, acreditamos que alguém melhor, mais interessante e charmoso virá arrebatar nossos corações cinéfilos.
E eis o dilema, esperar por aquele que te afeta, que te faz caminhar na corda bamba, ou aceitar o afeto de alguém que nada se parece com seu projeto de vida, que não te enlouquece, não te deixa a espera, e promete cuidar dos teus sentimentos como se fossem de cristal. Ou ainda, se alguém muito distante espera por ti, pra completar teu jeito de ser. Como saber?
Infinitas impressões são as que envolvem e definem seu comportamento perante outras pessoas, principalmente diante daquelas que te afetam de verdade, te deixando muitas vezes diferente da pessoa que és entre amigos íntimos, comprimida entre escudos invsíveis de almas feridas.

22.3.10

Encontros e Partidas

Dizem que assim é feita a vida, de encontros e partidas, de pequenos momentos de afetos roubados seguidos de um singelo abraço disfarçado de despedida. Quem sabe a sabedoria popular tem mesmo razão, e entre uma partida e outra ficamos a espera de um novo encontro, uma nova descoberta. Caminhantes de destinos diferentes por estradas quase iguais. É inacreditável como as pessoas passam por nossas vidas e nem as percebemos, e quando nos damos conta de tal existência, "o sinal está ocupado pra nós". Não há mais nada a fazer, senão roubar afetos, divertir-se com o inusitado da vida, cheia de surpresas.
Diria até que a vida dos distraídos é quase cinematográfica, de tão hilária e irônica. E enquanto uns vão e outros vêm, a insensatez pós-moderna busca razões para desculpar a falta de juízo, bom senso e atenção para com o universo ao seu redor.
É o caos!

28.11.08

Recado...

não me venha com esse seu jeito de me conquistar, não diga que me gosta se desgostas dos meus hábitos matinais. Não queira velar meu sono, se é pela manhã que chegas em casa. Eu já te disse meu amor, não somo feitos da mesma matéria, sou de hélio, és de cristal, juntos não sobreviveremos. Não ouse invadir meus sonhos, nem meus pensamentos, não te quero assim tão perto sussurrando em meus ouvidos. Tuas promessas eu perdôo se não cumprires, porque o pra sempre na verdade nunca foi eterno.

3.8.08

Fio Condutor

Mãos dadas, algo que me apavora e me confude. Parece ser simples, andar de mãos dadas. Mas o fato é que andar entrelaçada significa ter um fio condutor entre duas pessoas, estar em dois, não mais em um. Ter uma outra parte de si quando os dedos terminam em outra mão. Caminhar pelas ruas da cidade lado a lado com alguém e dividir com ela a fragilidade do seu próprio ser transeunte, a intimidade da temperatura do seu corpo, o latejar do sangue ou simplismente a calma de andar ao lado de outro alguém. Para mim, andar de mãos dadas é como andar desnuda a mercê do julgar de quem me vê, é estranho e compreensível, ainda não encontrei a metade de mim que tenha o plug perfeito para a minha parte do fio condutor. Mas sigo andando, só e cheia de energia, em um andejar delirante em meio a tantos pontos de conexão da marilhosa teia de relacionamentos dos que me cercam e me fazem suspirar.

27.7.08

Cartilha do Amar

Os mais entendidos da arte de amar dizem que não há regras, é simplesmente deixar-se amar. Pragmática e realista, um tanto insegura e fora de tom, penso que deveria sim ter uma cartilha do verbo amar, não seria tão mais simples e feliz? Dramas e romances complicados, de palavras não ditas, sentimentos calados e rompantes censurados não fazem parte do meu querer, mas é impossível ser expressiva sem levar um não na cara, sem expor as mazelas do coração, por isso eu penso que se cada um de nós viesse com a cartilha de como gostamos de ser amados, desejados e roubados por um bem-querer, seria mais sutil e feliz a vida dos apaixonados, quanto sofrimento não seria então poupado. Há de ter um jeito em que nós, os pragmáticos, ganhemos uma tijoleta da verdade para poder pisar fundo na estrada dos apaixonados, percorrer os campos róseas do amor. Por enquanto, sem fatos concretos, sem palavras declaradas, sem gestos impressos na retina, sem flor nem retrato, continuarei a passar por ti como se fossêmos dois conhecidos de bar. No próximo encontro, se houver, deixarei minha cartilha na gaveta do criado-mudo no lado esquerdo da cama, embaixo da janela. Au revoir!

13.3.08

Melodia ao Sol Poente

...e tantas vezes escrevi como se fosse uma carta para ti, não de amor, nem de adeus, apenas lembranças, hoje, sentada à luz do sol poente, escuto tua voz em melodia e fico a me perguntar em qual delas estou, e num sorriso de quem passa distante lembro que na verdade não estou em nenhuma, não era a tua inspiração, mas sim, por vezes, fostes o grafite dos meus desenhos tolos. E vais e vens, e te fostes para sempre, mesmo que para sempre tenha sido a primeira frase de conflitos deste romance que não existiu, apenas ficou apertado nos sonhos de Olímpia. E as vontades não saciadas foram apenas o mapa do distante caminho que separa minha jornada de ti, louco do chapéu torto. Tua melodia soa como despedida, assim como o sol... que já está cor púrpura entre nuvens violetas.

Te escuto na próxima estação, já estou fora do ar!

7.1.08

Feliz Ano Novo Brígida

Quantos pedidos foram feitos? Emagrecer dez quilos; estudar mais; trabalhar duramente; encontrar o príncipe encantado... não aquele que vem montado em um belo cavalo branco, mas aquele outro, que faz as mesmas coisas que qualquer outra pessoa, mas que por um detalhe, tornou-se o o príncipe encantado. Acontece que o nome já diz, estão encantados, e quando tornam-se reais, perdem o encanto, o mistério doce e malicioso que os mocinhos de faz-de-conta têm.
Brígida viu seu príncipe virar sapo, um sapo branco e lânguido... eca! E neste exato momento, eis que surgiu um pequeno infante, tímido e um tanto autista. Mas o Pequeno não teve coragem de se aproximar de Brígida, que também era tímida, mas a sua curiosidade era mais forte, e isso deixou o menino preso no seu castelo de vergonhas. Não havia mais ninguém para dançar com a princesa dos moinhos... espere um pouco... ouve-se comentários de que o Belo Adormecido, Aurélio, desperta de seu sono profundo e num suspiro lhe sorri e a beija num balé de carícias e malícias, gira, gira, gira e Aurélio volta a dormir, e talvez fiquei adormecido por anos, até que ressurja uma vez mais para um outro beijo, em outra princesa.
Brígida ficou sozinha outra vez, e o vento balançava seu vestido vermelho, e ela até pareceu uma artista de cinema com aquele chapéu masculino, seu colar de pérolas. Mas o que ela queria mesmo, era ganhar um buquê de cravos híbridos, suas flores preferidas.
- Corta! Feliz Ano Novo, Brígida, disse o diretor do filme.

23.9.07

Oito quilos e nove meses

Domingo, dia de descanso, de pensar a agenda semanal, de colocar a roupa no varal. Dia de curar a ressaca, de fazer o balanço do final de semana. Parece que o saldo foi positivo, depois de oito quilos de estranheza e excessos, depois de nove meses de abandono e solitude, para não dizer solidão mesmo, depois de um ano de purificação. Os demônios e a lascívia deram sinais de que estão voltando para a batalha contra o marasmo e a timidez.
Maria Alice enfim deu-se por vencida e entregou-se aos beijos e aos encantos de homens fugazes, para os que pediram ela deu seu telefone, o que ela desejou, deu-lhe um pouco de afeto e o sabor da sua pele. Mas Maria Alice ainda não recebeu nenhum telefonema, e quiça os receberá pelos dias que se seguem, afinal de contas, são raras as pessoas que tem o costume de ligar para desconhecidos, beijos e abraços não são cartões de visita, e na pele não vêm tatuados os meios para nos encontrar, os únicos temperos do tecido que reveste o corpo são o sal e o tremor.
Da janela, Maria Alice vê o cinza e molhado Domingo, a chuva veio para lavar sua alma, levar as lembranças dos sorrisos trocados, o som da voz de Buarque embalando a noite a dois, a sós.
Doze badaladas, é hora de aprontar o almoço, o moço está doente e as moças estão a ler o jornal. Vanessa canta uma canção de amor, e Maria Alice não lembra de ninguém, porque ela não pode lembrar de quem desconhece. Ainda bem, as fantasias se foram pelo ralo junto com oito quilos e os nove meses.

19.8.07

Um teclado, por favor!

Certa vez, me peguei pensando sobre a liquidez, ou melhor, a "congelez" de meus relacionamentos, com menos ímpetos que na minha turbulenta imaginação. Que fizeram os teclados e as telas que revolucionaram o diálogo dos casais? Alguém me convida pra sair, e a primeira coisa que vem em meu pensamento é: Um teclado, por favor! Seria mais fácil carregar um laptop para os encontros casuais, onde as perguntas e as histórias fluem como um rio em direção ao oceano, suave e tranqüilamente quando estamos do outro lado da tela.

E de repente, meu par, naquele final de tarde, me pareceu tão estranho, como se nunca tivéssemos nos visto antes. Acostumei-me com a caixinha e o bonequinho verde no centro da tela. De repente, nosso diálogo estava vazio, nossos filmes não eram os mesmos, nosso tempo não estava no mesmo relógio e minha vontade de tocar-lhe a boca eram suprimidas por um gole de mocachino frio. E o único vestígio de calor entre nós, era a vela incrustada na garrafa velha de champanha. E na comanda está escrito: Dois cafés para o casal de melindrosos ao fundo do salão, que mais discutem seus filmes preferidos, numa patética competição, desrespeitando toda e qualquer teoria sobre gosto e estilo de vida. Bourdieu certamente teria um colapso se nos ouvisse.

A conta, por favor! Isto é tudo, já estou líquida outra vez.


29.7.07

rabisco

todo rabisco que eu tentar criar agora terá o teu perfil, o perfil de muitos, caras reunidas, multifacetadas na minha memória ébria, delirante e fulgas, nenhum amor é composto de apenas um elemento, a poção exata está na fusão de todas as lembranças, de cada noite feliz, de cada manhã mais ensolarada, de cada sorriso registrado, de toda saliva devorada, de cada pedaço de diferentes corpos. toda delícia, toda carícia, toda intensidade, do pranto ao suspiro de gozo, do pudor e das roupas rasgadas e espalhadas pelo curto caminho entre a porta e o chão da cozinha. o traço que mancha o papel tem a tua poesia impregnada como se fosse feita de perfume barato, do armazém da esquina, onde todos os amores-manga se encontram, onde os sentidos se aguçam e se afetam, te afetam, me afetam, e vamos embora, bêbados, felizes, dormentes, solitários, conjugados.