Os mais entendidos da arte de amar dizem que não há regras, é simplesmente deixar-se amar. Pragmática e realista, um tanto insegura e fora de tom, penso que deveria sim ter uma cartilha do verbo amar, não seria tão mais simples e feliz? Dramas e romances complicados, de palavras não ditas, sentimentos calados e rompantes censurados não fazem parte do meu querer, mas é impossível ser expressiva sem levar um não na cara, sem expor as mazelas do coração, por isso eu penso que se cada um de nós viesse com a cartilha de como gostamos de ser amados, desejados e roubados por um bem-querer, seria mais sutil e feliz a vida dos apaixonados, quanto sofrimento não seria então poupado. Há de ter um jeito em que nós, os pragmáticos, ganhemos uma tijoleta da verdade para poder pisar fundo na estrada dos apaixonados, percorrer os campos róseas do amor. Por enquanto, sem fatos concretos, sem palavras declaradas, sem gestos impressos na retina, sem flor nem retrato, continuarei a passar por ti como se fossêmos dois conhecidos de bar. No próximo encontro, se houver, deixarei minha cartilha na gaveta do criado-mudo no lado esquerdo da cama, embaixo da janela. Au revoir!
Um comentário:
quero essa pílula que estás tomando! adorei =)
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