As luzes se apagam, mas ainda não chegamos todos, velhas senhoras surgem em grupos, emocionadas com as próximas cenas que se projetarão na tela. Casais de várias idades sobem os degraus, e de par em par vão preenchendo as fileiras das laterais. Mesmo assim, estamos adiantados, abraço meu acompanhante e o devoro aos poucos... alguém ao lado mastiga amendoins com cobertura de chocolate, posso ouvi-los quebrando nos dentes daquela mulher. Agora sim, está na hora! Freneticamente, aqueles que chegam meio atrasados, buscam o melhor lugar, o ângulo perfeito para ver Maria Antonieta.
E agora, pego-me sem saber o que dizer desta menina, e fico a olhar meu horizonte redentor por trás das grades. Nisso, fico pensando, qual o preço do clausuro, do isolamento, da solitude, do silêncio? Vejo as árvores e ouço música, é festa, debaixo do manto verde há uma multidão formada por pequenas tribos, estão todos felizes saudando 235 anos de pão e circo. Maria Antonieta deveria ter seguido a nossa política, ao invés disso, preferiu ficar só entre cravos e acabou perdendo a cabeça.
E agora, pego-me sem saber o que dizer desta menina, e fico a olhar meu horizonte redentor por trás das grades. Nisso, fico pensando, qual o preço do clausuro, do isolamento, da solitude, do silêncio? Vejo as árvores e ouço música, é festa, debaixo do manto verde há uma multidão formada por pequenas tribos, estão todos felizes saudando 235 anos de pão e circo. Maria Antonieta deveria ter seguido a nossa política, ao invés disso, preferiu ficar só entre cravos e acabou perdendo a cabeça.
4 comentários:
e a história se repete!
se já não perde-se a cabeça, perdem-se as idéias!
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quero sabe da sua: tá bem encaixadinha?
:p
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Queria eu ser o teu acompanhante! Conforta-me a idéia de sê-lo nas sessões caseiras =) escreve bem pacas...que orgulho :D
parabéns Olímpia: tu screve bem pra caralho!
um bjo bem stalado
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