13.5.07

Silêncio

Finas camadas de água são atravessadas pelo corpo em apnéia, águas profundamente escuras, não há nada no fundo do oceano, nem monstros, nem cavalos-marinhos, só silêncio. De repente os olhos se abrem e avistam novamente o universo superficial, todos os sentidos estão aguçados, mas nenhum deles é capaz de se manifestar, todo sentimento é transformado em água.
Aqueles que por ventura são tocados pelos movimentos corporais do ser, o acusam de brutalidade e frieza, mas são incapazes de perceber a tempestade de emoções que acontece a cada novo olhar do ser. E por ser assim julgado, é condenado ao escracho e às palavras duras daqueles que deveriam ser conhecedores da delicadeza e fragilidade do corpo que cai em queda livre em um mergulho abissal pelas profundezas de mar escuro de seus pensamentos confusos.
Cada vez que o corpo ganha fôlego e tenta romper a água, depara-se com grossas camadas de vidro, talvez gelo, um iceberg, é impossível sair, melhor deixar o corpo cair novamente, e ele vai lentamente caindo gélido e sem ar, mas o ar não lhe faz falta mais.

3 comentários:

Telejornalismo Fabico disse...

*



voltou a blogar, mas sufocada.
faz como as foquinhas.
dispara em linha reta que uma brecha há te surgir na imensidão azul.



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Vini disse...

vou ler de novo, sim vou ler e então farei um comentário...

Vini disse...

mas aquele sobre as novelas e o turismo tava mais fácil
:D