Era uma vez uma cidade muito encantada, toda de ouro, e lá o povo gostava tanto de dançar a ciranda que nunca se estava com o mesmo par, cada vez que Filó ia lá visitar seus amigos, eles estavam formados em outros casais, e era uma ciranda onde o amor não podia estar, era uma ciranda de afetos e carências. Começava sempre no bendito bar da esquina, regado a vinho e amendoim torrado. Acabava não se sabe aonde, porque nessa ciranda, nem todos estavam de mãos dadas. Em cada reencontro um cirandeiro a se exibir, com morenas, loiras, magras e bem formadas, ao sujeito interessava cirandar. Mas Filó achava tudo muito engraçado, ficava observando sem entrar na roda. Filó espera pelo gaiteiro das madrugadas enluaradas, por isso ela não dança a ciranda, mas se pedir, ela canta um verso bem bonito, mas diz "adeus" e vai-se embora.
6 comentários:
não entrar na ciranda não é deixar de dançar. espiar os passos da quadrilha e seguir nossos compassos - nossos próprios compassos. passear no arraial, um quentão, uma pipoca... a festa ainda é longa, os pares vão dançando, mas o casamento caipira ainda tem de começar.
Sem comentários p/ ti...adorei!!!
Mas essa ciranda ainda a de ter um final feliz...onde amor ainda vem dançar!!!!!
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é recado certo pra alguém.
não sou doido de comentar.
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Puis então moça, cante um verso bem bunito pra nóis enquanto teu borghetinho não vem
mas o gaiteiro é da Filó, não é da Ferê!
Foi só uma maneira de expressar o que eu vi hahahaha
Nada de dar "adeus e ir embora"!Dá a meia volta! Já! Heheheheh!
Adoro este teu lado lúdico, maluco, inspirado!
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