Foi-se o setembro e nada escrevi, achei que seria hostil da minha parte escrever sobre a primavera, estação das flores e dos amantes, só que pra mim ela tem outra conotação, é a estação da rinite, da sinusite, do cabelo despenteado e não há escova que segure o desespero dos ventos que carregam as sementes das novas vidas que nascerão na próxima estação. Se eu pudesse, me mudaria pro lado norte do hemisfério durante a visita da descontrolada primavera. A visão que tenho de mim mesma durante esta famigerada é de uma criatura com os cabelos como se tivesse sido eletrocutatos, com o nariz inchado e um rolo enorme de papel higiênico no lugar da bolsa. Há alguma razão pra eu escrever docemente sobre a primavera?
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