Depois de tórridas manhãs na redenção, hoje as folhas anunciam a chegada de uma nova estação, amareladas, caem de suas árvores, colorindo desuniformemente a paisagem verde do Parque Farroupilha. E com os ares gélidos do outono, começo eu também a me modificar. Meus músculos exibem-se em marcha a lugar nenhum, faço voltas no redemoinho da imaginção, e nele sou capaz de lembrar e de sentir o azedume de um certo corpo suado, em uma noite de verão, em uma noite sem lua, eram apenas estrelas fluorescentes grudadas no teto. Mas nessa próxima estação, estarei como uma árvore de frutas cítricas, darei meus frutos em tempos de míngua e estarei de braços abertos saudando o sol, mesmo em dias cinzentos, como o de hoje.
3 comentários:
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assim como as pessoas se afetam com a falta de sol, eu me desconserto com o excesso dele.
clamo pelos dias cinzas, pelos ventos gélidos, pelas noites longas.
mas isso se torna cada vez mais impossível.
frutas cítricas, vc?
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bom início de bom fim! aproveita a redenção, como ela não há igual!
Ao contrário do Xôn, não gosto dos dias de inverno que duram tão pouco!! Me aflige a noite chegando as 6 da tarde!
O frio, o cinza, eu até acho bacana!
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