Pipoca e cerveja

Todos nós temos vontades, desejos e preferências, mas por que será que não as praticamos no nosso dia-a-dia. Quando me perguntam: "O que gostas de beber?" eu imediatamente desfilo entre os destilados, tequila, whisky, rum, vodka e sim, cachaça (é um nome estranho eu sei, parece vulgar). Mas daí lá estou eu numa festa ou num bar e meu amigo me pergunta se podemos beber algo, e logo eu respondo que sim, "uma cerveja por favor!". Pipoca também.... quem é que realmente gosta de pipoca, ninguém. Mas é só alguém perguntar o quê se vai comer durante o filme e lá vem ela, toda branquinha, com fios de calda de chocolate pra arrasar com qualquer dieta. Talvez isso faça parte de um pensamento de que tudo que está mais próximo e mais fácil seja exatamente aquilo que devemos pedir, gostar, usar, amar. Às vezes nos afastamos de amigos queridos apenas porque eles não moram mais tão perto, e de repente estamos gostando "mais" daqueles que te visitam, que te procuram, porque eles estão mais perto. Temos preguiça de amar! Tenho preguiça de cozinhar, de arrumar a casa, de sair com os amigos, mas quando faço algo, vou bem alto... causando, explodindo. É... acho que é isso mesmo, não somos quem queremos ser porque somos preguiçosos, é mais fácil ser levado que caminhar sozinho.

Alcança aí o copo... por favoooooor!