16.11.08

Maternal

Não sei se é a idade, se é o cômodo prazer da cidade interiorana, mas da-me uma vontade de ser mãe, simplesmente me pego maternal, voraz por um piá me rodeando e se dirigindo a mim como seu templo de vivência. Alguém que seja parte da minha existência, que por natureza seja meu bem maior, meu amor eterno. Segurar aquela minúscula mão fofa e conduzi-la vida afora. Ultimamente tenho sido mais sentimental que em outros tempos, a adolscência me fez quase rude, foi preciso sobreviver sozinha e eu até gostava disso. Enquanto que a maturidade me faz desejar profundamente um filho, às vezes me vejo diante de revistas de nomes de bebê, embora eu já tenha escolhido um - Terêncio José - mas por protestos dos amigos e da família, tenho percorrido os nomes dos antepassados, embora nenhum deles seja assim tão normal que me faça desistir de Terêncio. Nos últimos meses quase tudo me comove, filmes, músicas, novelas e documentários, tudo que posso ver, ouvir e sentir. Na semana passada fui a um festival de música nativista aqui em Lavras do Sul - Bateada - e dentre as canções havia uma em especial sobre a maternidade - De ser mãe - de autoria de Esther Teixeira, e tinha um verso que dizia assim "onde cada filho é um templo" e todo o resto da poesia era inspiração maternal, uma beleza que brota do ventre das mulheres. Acredito que os filhos sejam a fonte de luz e vida dentro de uma casa, e na própria vida das vidas que os cercam. Cada pequena descoberta aquece a alma e faz nascer um sorriso no rosto dos que já se tornaram adultos. Quem sabe um dia ele vem me chamar de mamãe.

7 comentários:

Minhas Púrpuras Reticências... disse...

Não tem como não pensar nessas coisas da vida, como um ciclo a se percorrer, uma vida, vidas que podem se entrelaçar...

(Impossível ainda mais para mim, canceriana ao quadrado!)


Beijos!

Eurípedes disse...

Fernanda,

Tem uma música assim (do Vander Lee):

Me apaixonei
Entrei por uma rua sem saida
E já nem sei
Qual é a minha ou a sua vida
Acreditei
Que meu amor te fizesse feliz
Perdoa se fiz algum mal pelo bem que te quis
Não sei fazer o tipo mais correto

Eu nunca fui um poço de bom senso
Mais sei abrir a porta
Sei dizer o que penso
E quando quiser chorar
Pode me procurar sou seu lenço
Não te prometo o céu nem vou te dar um teto
Não vou me transformar num caracol
Não sei andar tão reto
Não perco o futebol
Mas quando quiser se esquentar
Pode me procurar sou seu lençol.

Combina com seu estado/estágio atual
Normal
Vai ser legal
Terêncio
Forte, incisivo e com tino
Vai ser seu desatino
Você vai pirar, babar, nunca mais parar de sonhar
E vai ser lindo
Então, já vou indo
Tenho que babar com os meus

Abraço paternal

Ana disse...

É quando a gente descobre que há um amor do que qualquer outro. Inclusive por nós mesmos! E é uma delícia, porque nem precisa de retribuição!

Dona Fernanda disse...

muito obrigada Eurípedes, adorei a música!!

Kate Polladsky disse...

Também quero um Terêncio da mão fofa! *________*

Não exatamente um Terêncio, mas um Ty. Da mão fofa. E da mãe.


;**

Anônimo disse...

"Ser mãe é ter para sempre o coração fora do corpo". Essa frase diz tudo, amiga! Ser mãe é uma dádiva, algo tão forte que não encontro palavras que possa definir... Só sei dizer que é o maior amor que uma pessoa pode sentir, um amor incondicional! Ser mãe é errar tentando acertar, é ter medo o tempo inteiro, e acima de tudo é ter a certeza de que nada pode ser mais lindo que a boquinha de seu neném falando mamãe... Não há arte que seja tão grave que um "mamãe" acompanhado de um sorriso sapeca não supere!! Ser mãe é, ainda, aprender a ser filha... Somente quando se torna mãe é que se aprende que as brigas, os "nãos", os "faz isso e aquilo" são com as melhores das intenções. Se perdoa as palavras ditas e se arrepende das birras da adolescência e a cada dia tenho a certeza de que quero fazer tudo igual!! E que venha o Terêncio!! (não necessariamente com esse nome)

Bjus amiga!!

Anônimo disse...

Good Blog, I think I want to find me, I will tell my other friends, on all