Sempre depois de um filme me pego pensando como seria se fosse comigo. Que reações eu teria diante de um problema, de uma dádiva ou de um conflito interno. Não tenho nenhuma grande história que pudesse ser recontada no cinema, nenhuma grande paixão ou acontecimento inusitado às escondidas que eu tenha receio de contar. Hoje assisti outra vez "As Pontes de Madison", com a Meryl Streep, e fiquei imaginando que bastaram quatro dias de uma vida inteira pra que algo se tornasse cinemtográfico, relevante ao ponto de ser filmado e levado centenas de pessoas a sentar diante das telas. Quase tudo me faz escrever, mas são raras as imagens que eu imagino em uma tela sento vislumbradas pelo público em suas cadeirinhas, quiçá, maravilhar alguém com uma pequena cena da minha vida. Percebo as coisas com grande naturalidade, e muitas vezes sou criticada por isso, quase nunca tenho novidades alucinantes para contar às minhas amigas. Talvez a vida fosse mais interessante se tivéssemos apenas alguns momentos de divindade pelo percorrer dos anos, ou atravessar a existência dos que nos rodeiam como furacões, destroçando tudo e arrasando os corações mais dispostos aos amor verdadeiro, como Cazuza ou quem sabe até a intensa Edith Piaf. Não há como saber, os momentos simplesmente acontecem e não há como prevê-los, a vida toma o seu rumo naturalmente.
Cabe à pele escolher o sol que irá queimá-la, e não à razão.
Cabe à pele escolher o sol que irá queimá-la, e não à razão.
2 comentários:
Adorei o texto, mas não concordo qndo dizes não darias um filme!!! Darias com certeza, pois saber dominar tão bem as palavras, ter uma sensibilidade tão racional e ser AMIGA...com todas as letras maiúsculas, não é qualquer reles mortal q tem o privilégio!
Que tal escrever o roteiro?! :D
Beijão
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bem-vinda ao clube dos mortais.
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