E numa tarde ensolarada de janeiro, sem muito o quê fazer, lendo Almanaque Anos 70, lembrei-me da minha infância, da minha infância em Lavras do Sul, uma cidade pacata do interior do Rio Grande do Sul, para onde meus pais se mudaram quando eu tinha apenas 4 anos, bem... E nesta cidade, sem amigos, nem parentes, só a saudade de Porto Alegre, os velhos discos de vinil dos meus pais e a minha coleção de contos de fada Walt Disney.
Ao folhear as páginas desse maravilhoso livro, eu revi meus amigos imaginários, minhas vozes rebeldes que me fizeram crescer tão bruscamente sem sentir o gosto de pitanga roubada que a infância tem.
Lá estavam Caetano, Chico, Toquinho, Tom, Gal, Gil, Simone e Ângela RoRo... Lembro como se fosse ontem, a delicada agulha subindo e mecanicamente descendo até a faixa do Lado A e Gal a me dizer agudamente, assim: “Baby, você é assim...”.
E neste instante saí em uma jornada pelo porão da minha casa em busca dos meus tesouros, revira aqui, abre outra portinha e sha-zan lá estavam eles, empoeirados em cima do velho guarda-roupa dos casacos de inverno, junto com a árvore de Natal ensacada esperando o próximo aniversário do filho de Deus. Resgatei-os e levei-os para o meu quarto, estão agora outra vez comigo, RoRo está em cima, linda, com seus cabelos cor-de-mel, era 1979... Agora minha missão está sendo arrumar as caixas de som do toca-disco, mas acredito que o tempo e desuso o fez desistir de embalar minhas tardes de solitude.
Ao folhear as páginas desse maravilhoso livro, eu revi meus amigos imaginários, minhas vozes rebeldes que me fizeram crescer tão bruscamente sem sentir o gosto de pitanga roubada que a infância tem.
Lá estavam Caetano, Chico, Toquinho, Tom, Gal, Gil, Simone e Ângela RoRo... Lembro como se fosse ontem, a delicada agulha subindo e mecanicamente descendo até a faixa do Lado A e Gal a me dizer agudamente, assim: “Baby, você é assim...”.
E neste instante saí em uma jornada pelo porão da minha casa em busca dos meus tesouros, revira aqui, abre outra portinha e sha-zan lá estavam eles, empoeirados em cima do velho guarda-roupa dos casacos de inverno, junto com a árvore de Natal ensacada esperando o próximo aniversário do filho de Deus. Resgatei-os e levei-os para o meu quarto, estão agora outra vez comigo, RoRo está em cima, linda, com seus cabelos cor-de-mel, era 1979... Agora minha missão está sendo arrumar as caixas de som do toca-disco, mas acredito que o tempo e desuso o fez desistir de embalar minhas tardes de solitude.
4 comentários:
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coincidências.
muitas.
agora no final do ano comprei um cd da coleção milennium, que são 20 mu´sicas de um autor.
cinco reais.
e tenho ângela rorô rasgando a garganta outra vez nos ouvidos.
pena que ela surtou e saiu de cena.
era uma grande interprete, longe de ser uma grande cantora.
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Alooo-ooou! Esses textos estão começado a formar um livro... ou um balde de lágrimas minhas cada vez q os leio!
Amiga, essas lembranças agora voltarao pra eternidade: PUC, POA?? Sucesso absoluto, vitória ao cubo! Parabéns minha gafanhotinha mais que especial!
Também tenho meus guardados e quando redescubro algum tesouro da arca perdida me delicío!! Muito bom!
resgatar é muito bom... são as músicas e o que sentíamos no ritmo delas. resgatamos a nós mesmos. pra mim é como achar dinheiro no bolso... é outra festa com o resto da festa. bacanisse total
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